ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P108

Poster (Painel)


P108

DIAGNÓSTICO AUDIOLÓGICO DE BEBÊS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Autores:
MARCONSSONI, B.G.1, ROGGIA, S.M.1
1 UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: Crianças que não apresentarem resultados satisfatórios na Triagem Auditiva Neonatal (TAN), bem como no reteste, devem ter acesso ao diagnóstico para confirmação da Perda Auditiva no máximo até o terceiro mês de vida e, em caso afirmativo, o início da intervenção terapêutica deve ser feito no máximo até o sexto mês de vida. Objetivo: Analisar a situação do diagnóstico audiológico de bebês que falharam na TAN no estado de Santa Catarina (SC). Métodos: Estudo do tipo descritivo, transversal, realizado com serviços que realizam a TAN e o diagnóstico audiológico de bebês no estado de SC, cadastrados no banco de serviços do Grupo de Apoio à Triagem Auditiva Neonatal Universal (GATANU), no período de agosto a setembro de 2014. Inicialmente foi encaminhado um e-mail aos coordenadores dos serviços convidando-os a participar da pesquisa e após confirmação foi encaminhado um questionário com questões abertas a respeito da realização do diagnóstico audiológico e sobre a TAN. Participaram desta pesquisa 14 serviços que realizam TAN e dois serviços que realizam diagnóstico audiológico, sendo esses Serviços de Atenção à Saúde Auditiva de Alta Complexidade. Resultados: Existem 25 serviços de TAN cadastrados no site do GATANU. Desses, apenas 14 devolveram os questionários preenchidos. Constatou-se que 64% dos serviços mencionaram acompanhar os bebês após encaminhamento para diagnóstico audiológico. Em 13 serviços os bebês são submetidos à TAN entre 24 horas a um mês de vida. Nove serviços encaminham em torno de quatro a 10% dos bebês para diagnóstico audiológico. Apenas 35,72% encaminham os bebês que falharam na TAN, bem como no reteste, para os Centros de Referência em Saúde Auditiva para realização do diagnóstico audiológico. O diagnóstico tardio foi encontrado na maioria dos serviços. Apenas um serviço informou que a protetização é feita até a sexto mês de vida, os demais não souberam responder ou mencionaram que esse procedimento é feito após o sexto mês de vida. Os protocolos utilizados pelos serviços para realização do diagnóstico audiológico são os recomendados pela literatura. Os serviços não souberam informar se há fila de espera para realização do diagnóstico audiológico. As condutas dos serviços após confirmação de PA é semelhante, sendo a adaptação de AASI e terapia fonoaudiológica os principais procedimentos. A PA mais encontrada no serviço A foi do tipo condutiva. Após apareceram as PA neurossensoriais (3,68%), mistas (1,05%) e atraso na maturação das vias auditivas (1,58%). O serviço B não forneceu informações a esse respeito. Conclusão: No que diz respeito ao acompanhamento dos bebês, encaminhamentos para realização do diagnóstico audiológico, tempo de conclusão do diagnóstico audiológico, idade de protetização e idade inicial para intervenção fonoaudiológica, os serviços de TAN não estão seguindo totalmente as recomendações da literatura. Em relação ao tipo de protocolo utilizado pelos serviços para realização do diagnóstico audiológico, constatou-se que os serviços estão seguindo o que é recomendado na literatura. Tanto o diagnóstico, como a protetização e a intervenção fonoaudiológica nos casos de confirmação da PA estão ocorrendo tardiamente, podendo trazer um prognóstico desfavorável para essas crianças.

Palavras-chave:
 Audição, Avaliação, Bebê, Perda Auditiva, Diagnóstico